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O ACANHADO

  Edinho ficava horas e horas em seu quarto desenhando, entre muitas outras figuras bizarras, alienígenas malvados e seus algozes super heróis estrelares, os amigos imaginários que ele criava na falta de amizades reais. O filho único do seu Paulão e da dona Maria de Fátima era um menino de poucas palavras. Nunca se sabia o que passava por aquela cabecinha misteriosa, e em geral suas raras ações e reações verbais eram monossilábicas. Por causa disso, até os cinco anos de idade era tido como um débil mental, mas quando numa bela manhã o menino, animadíssimo, baixou do seu quarto para mostrar todo orgulhoso aos pais uma reprodução impressionantemente fidedigna, a lápis de cor, da Mona Lisa, cujo original ele tinha visto pela primeira e única vez pela televisão na noite anterior, o filho virou um gênio. Esquisito, mas um verdadeiro prodígio. Dona Maria de Fátima, a partir de então, passou a respeitar a privacidade do filho e meio que a engolir o jeito caladão dele. Aquele dom natural

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